Mudanças de vida, mudanças de casa... Enfiar toda uma vida em caixotes... é incrível a quantidade de coisas que uma pessoa acumula ao longo dos tempos... mas que no fundo representam a nossa própria existência, as nossas vivências, as conquistas...
Mas o que são as coisas afinal de contas?
No fundo são só objectos, alguns com valor sentimental, com boas e más recordações.
No entanto é aquilo que nos acompanha pela nossa vida fora e permanece quando tudo o resto se vai...
sábado, setembro 01, 2007
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Este teu texto é sem duvida o meu preferido. Não pela prosa mas sim pelo conceito. Desafias de uma maneira muito pertinente e inteligente o não-materialismo. Pões a nu o valor das memorias e dos sentimentos, que se vão desvanecendo no tempo. Os objectos, esses, ficam. Brilhante!
Dá-lhe!
.vitor
Obrigada pelo incentivo. :)
"Procurei o amor, que me mentiu.
Pedi à Vida mais do que ela dava;
Eterna sonhadora edificava
Meu castelo de luz que me caiu!
Tanto clarão nas trevas refulgiu,
E tanto beijo a boca me queimava!
E era o sol que os longes deslumbrava
Igual a tanto sol que me fugiu!
Passei a vida a amar e a esquecer...
Atrás do sol dum dia outro a aquecer
As brumas dos atalhos por onde ando...
E este amor que assim me vai fugindo
É igual a outro amor que vai surgindo,
Que há-de partir também... nem eu sei quando..."
Florbela Espanca
Existem estas pessoas para explicar poéticamente o que de poético a vida não tem...
Bia
Enviar um comentário